O meu caminho até o Yoga, Narayana.
O agradecimento me tornou uma pessoa melhor, o ato de agradecer, até no momento mais difícil, agrada a Deus e abranda o coração, por isso agradeço tanto e sempre, mesmo quando não compreendo algo, porque sei que a minha visão é pequena comparada a de Deus, portanto quero agradecer imensamente às pessoas que estão ao meu lado nesta longa jornada do Yoga, minha filosofia de vida.
Deus ouviu as minhas preces, este caminho é um sonho que tem se realizado a cada dia, pois havia de verdade uma escola de Yoga no meu caminho. A procura foi uma escolha difícil, como diz no evangelho segundo o espiritismo fazemos nossas escolhas pelo amor ou pela dor, normalmente o segundo é o que mais prevalece.
No Yoga conheci a primeira pessoa que fará sempre parte da minha história, a Profª Magaly Marques de Oliveira, que hoje além de mestra, conselheira, mãe-estepe e amiga ela é uma das pessoas a quem sempre serei grata, pois ela mostrou o Yoga de uma maneira muito particular e especial, foi nobre e altruísta, sempre doou o seu tempo para ouvir e ajudar. Abriu suas portas para que eu pudesse praticar e ensinar Yoga, e essa confiança jamais esquecerei. Depois dela encontrei tantas outras pessoas generosas, onde compreendi que o Yoga nos transforma, nos aproxima das pessoas, nos apaixona e nos faz querer conhecê-lo mais, por isso decidi também ensinar, pois esse é o primeiro pequeno passo para a superação do Ego, ensinar aquilo que nos é dado com tanta generosidade. Isso não tem preço.
Agradeço ao meu “namorido” Bruno da Silva, meu amor, que me apoiou nesta decisão e que ainda me apóia estando ao meu lado nestes meses tão difíceis deste trabalho, pelo tempo que não ficamos juntos e todas as dificuldades que mais nos unem nesta vida, que Deus nos permita esta união por muito e muitos anos. Percebo agora o verdadeiro sentido de Brahmacharya.
“Quando se estabelece no controle saudável da sexualidade, adquire-se grande potência ou vitalidade.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 38.
Agradeço à minha amiga, “irmã gêmea”, cara metade, minha palhacinha predileta Alessandra Goes que foi comigo até o Narayana pela primeira vez, quando decidimos nos dedicar ao Yoga e nos ajudamos mutuamente. Ela me ensinou com maestria o passo a passo para a conquista da Sarvangãsana, sem ela eu não teria conseguido entender, ela afirmou que a postura estava em mim e eu acreditei. Obrigada Ale por me ajudar e por confiar em mim.
Agradeço à Mileny Ivanov por ouvir e dizer as coisas certas nas horas certas, obrigada “Miva” por estar na minha vida.
No Hatha I compreendi Satya, entendi que só poderei ensinar no dia em que aprender, nem sempre eu dominarei uma postura, mas poderei trabalhar pouco a pouco as minhas dificuldades e chegar o mais perto possível. Uma Gomukhãsana bem conduzida pela Profª Anna Ivanov me mostrou o sentido do curso de formação de professores de Yoga, sem choro e sem dor, só neste momento percebi de verdade o tamanho da minha responsabilidade. Essa mulher tem tanto, tanto e tanto para ensinar, obrigada Anna.
“Quando se estabelece na verdade, o fruto resulta imediato à ação.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 36.
No Hatha II encontrei mais uma Profª de quem sinto muitas saudades, Wilma Musa, não diferente de nenhuma outra, sempre generosa, amorosa, amiga e sensível, ela me faz muita falta. Sei que torce por nós e tudo o que ela dividiu conosco mostrou o sentido de Asteya.
“Quando se estabelece na honestidade, todas as preciosidades lhe são oferecidas.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 37.
No Hatha III, para mim o mais difícil de todos, compreendi o sentido de Tapas, a Profª Rosa Nilda Chávez mostrou que o caminho árduo do Yoga não trata somente de posturas, relaxamentos e principalmente amizades, a ela devo talvez o meu maior agradecimento, pois neste período me firmei no meu propósito e não desisti. Costumamos agradecer somente àqueles que nos facilitam as coisas, mas os enérgicos, aqueles que vemos até como injustos e insensíveis têm talvez o maior papel nas nossas vidas, eles nos fazem valorizar de verdade o que temos. Obrigada Rosa, de coração.
“A auto-superação, a disciplina produz a destruição das impurezas e, conseqüentemente, alcança-se a perfeição.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 43.
No Hatha IV, outro semestre, outra Profª maravilhosa, Sandra Jannarelli, quanto aprendi e ainda tenho oportunidade de aprender com a sua sinceridade, com sua postura linda, com o seu jeito leve de ser, ela foi um presente de Deus depois de tantos dissabores, com ela aprendi a superar os meus obstáculos com Ahimsa, o Hatha IV foi o firmamento.
“Quando se estabelece na não-violência, toda a hostilidade cessa em sua presença.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 35.
Agora no Hatha V mais um presente, a Profª Flávia Venturoli de Miranda, essa mulher amiga, alegre e de uma sabedoria sem tamanho nos orienta, nos apóia e tem sempre algo doce e sábio a dizer com humildade e com os olhos de ver, Flá obrigada por este trabalhão que você nos deu, não tinha noção do que era capaz obrigada por me mostrar Swadhyaya.
“O autoconhecimento conduz à união com todas as coisas do céu e da terra.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 44.
Quero agradecer também as queridas Profª Luz (Luzia da Costa Moreira da Silva), Profª Lídia Sano, Profª Iva Gicovate, Profª Terezinha Bacha Miranda, Profª Vitória Eugênia Calanca, Profª Luzia Rumi Komai Rodriguez, aos Professores Carlos Eduardo Barbosa, Ruy Alfredo de Bastos Freire Filho e ao ímpar, alegre Prof. Dr. Bokkulla Ramachandra Reddy e a todos os professores do Narayana que acrescentaram e que ainda acrescentarão ensinamentos para todo o sempre.
Agradeço aos amigos de jornada José Otávio David Teixeira Morandin, Jairo Xavier de Siqueira, Lilian Pisani Leite e Andréia Dupski pelas idéias, pelas críticas, pelas risadas, pelas lágrimas e por estarmos juntos nestes anos tão importantes para todos nós, essa turma vale ouro.
A Sra. Maria Helena de Bastos Freire obrigada por me proporcionar esta oportunidade, sem a sua perseverança e fé no Yoga talvez não tivesse conhecido tantas pessoas importantes na minha vida no Narayana.
Agradeço também aos meus alunos, Bruno da Silva, Flávia Moreira, Juliana Correa, Erica Galione, Fred Frigieri, Janaine Souza, Damaris Soares, Natalie Caetano, Cintya Sato, Adriana Fregonese, Mirian Castro, Camilo Recchia e Karina Marcondes que me ensinaram muito o sentido de Saucha e Aparigraha.
“A pureza favorece o cuidado pelo seu próprio corpo e a atenção no contato com os outros.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 40. “Quando se estabelece na não possessividade, adquire-se o conhecimento do porque do seu nascimento.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 39.
Agradeço aos amigos Alex Marcovici, Katia Setton, Edilaine Monteiro, Mirian Castro, “Júnior” Almeida e Gustavo Saito que me ajudaram com as traduções, scanners de imagens, procura de textos e cópias no pen drive “bloqueado” J. Tenho de agradecer imensamente a “internet”, sem ela tudo teria sido muito mais difícil.
A minha mãe, Alice Morete, obrigada por não ter desistido de mim!
Ainda tenho um caminho tão longo pela frente, porém não me assusta como no começo, me sinto fortalecida e com o coração repleto por Santosha.
“Do contentamento surge a superlativa felicidade.” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 42.
Agrada-me saber que tantas pessoas ainda farão parte da minha história de maneiras tão diferentes, e com algo em comum, elas amam o que fazem e fazem sempre o melhor que podem. Sem essas pessoas seria mais difícil e me sinto feliz por me tornar quem me tornei. Seguirei em busca de Ishwara Pranidhana.
“Pela auto-entrega (ao “eu espiritual”) se alcança o samadhi (a “iluminação” da consciência ou estado de hiperconsciência).” – Yoga Sutra – Capítulo II (Versos ou Caminho da Prática), aforismo 45.